QUADRO POLÍTICO-CULTURAL DA CHINA NO SÉCULO XX OU COMO ARTE, AMOR E GUERRA SE MISTURAM Sobre Adeus, Minha Concubina

Chegamos ao filme do domingo que irá encerrar a primeira parte da MOSTRA 21, seleção da tarde, a realizar-se no Centro Cultural Banco do Nordeste. Prestem atenção, porque os outros filmes da tarde serão todos exibidos no Teatro Patativa do Assaré no SESC Juazeiro.

Adeus, Minha Concubina é daqueles filmes históricos grandiosos, com longa passagem do tempo atravessando as décadas. A história começa nos anos 20 e se estende por pouco mais de 50 anos. Tempo suficiente para apresentar-nos o cenário político-cultural da China, dos resquícios do seu Império, passando pela ocupação japonesa, guerras civis e Revolução Cultural Comunista.

Vamos assistindo a dois filmes: um que conta essa história recente da China e outro que acompanha os dois atores da Ópera de Pequim que encenam o musical Adeus, Minha Concubina. A amizade dos dois se inicia quando eles ainda são crianças e treinam numa escola preparatória rígida ao extremo. É lá que eles se apaixonam primeiramente pela grande arte do teatro.

O filme, pode-se dizer, tem como tema principal a Traição e isso é representado tanto na relação dos chineses com o povo invasor, os japoneses, quanto entre os dois amigos.

Era muito difícil até pouco tempo vermos filmes orientais. Ainda há bastante resistência ao cinema asiático. O público estranha o som do idioma, as técnicas de interpretação, a simbologia presente nas cores e imagens que ajudam a narrar a história. A dica aqui é observar bem o figurino e a função social dos personagens: a prostituta, o eunuco, o empresário, o mecenas, o professor, o militante político, o soldado, o ator, o aprendiz, a Concubina, o Rei. Buscar conhecer um pouco do que foi a Revolução Cultural também é importante. Sobre isso temos outro excelente filme, BALZAC E A COSTUREIRINHA CHINESA.

Claro que com a explosão do cinema coreano e com o sucesso de filmes como MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA, O TIGRE E O DRAGÃO, O CLÃ DAS ADAGAS VOADORAS, OLD BOY, entre outros, essa antipatia vem diminuindo muito.

Quando foi premiado no Festival de Cannes, dividiu a Palma de Ouro de Melhor Filme com O PIANO. Ganhou sozinho o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.

0 comentários:

Postar um comentário

Assine o nosso Feed

Cadastre seu email e receba as atualizações da mostra 21:

Delivered by FeedBurner

Pesquisar no blog