A primeira vez que andamos de metrô ou que pegamos um elevador ou que comemos num restaurante refinado ou que vamos a um show com amigos ou que saímos com alguém especial ou damos nosso primeiro beijo são momentos de extrema fragilidade. Tateamos aquela nova situação, aquela nova experiência sem saber como iremos nos comportar, o que iremos sentir. Podemos ensaiar nossas emoções? Podemos tentar controlá-las para que na hora exata não passemos por bobos?
“Nunca fiz isso, nunca vi aquilo” é sinal de que temos zonas verdes e intactas na gente. Toda hora que atravessamos esses limites, fazemos isso com extrema ansiedade misturada a alegria a empolgação.
No final dos anos 60, o diretor Mike Nichols construirá um clássico cinematográfico sobre o desvirginamento de um jovem recém formado, recém graduado: Volta pra casa dos pais, mas está incomodado com os paparicos que lhe fazem como se fosse uma criança, ao mesmo tempo em que ganha um conversível de presente, símbolo da vida adulta. Sente desejo, mas não está preparado para sentir-se desejado. Não sabe pedir um quarto de hotel, nem sequer como se comportar ao lado de uma mulher, ainda por cima (hehe) mais experiente.
O problema dos clássicos é que são indispensáveis de serem assistidos, porque eles se tornam referenciais para uma quantidade imensa de outros filmes e de outras produções. Tem muita coisa datada no filme, só que o que permanece são lindas músicas e o fato de que ele está repleto de energia sexual jovem que explodirá de fato em 1968. Neste filme o mundo ainda está quieto e certinho, porém com a corda já tencionada e com tudo por acontecer.
Sinta-se com 20 anos (o ator já tinha 30 quando fez o papel – se ele conseguiu, nós também podemos) e acredite nas possibilidades de manejar o presente como você quiser que ele seja! O filme é idealista, engraçado, romântico e inspirador!
2 comentários:
Vai ser minha primeira vez com esse filme! :D
Esse nos vimos no Cine Café! É legal.
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