UM ADOLESCENTE E SUA MÃE Sobre Eu Matei Minha Mãe











É um título forte: A frase “eu matei minha mãe” é ruim de ser dita e causa forte impressão como nome de um filme. Mas esse choque fica só aí. Aviso àqueles que vierem vê-lo na MOSTRA 21 que se trata de um outro tipo de morte muito mais condizente com a relação conflituosa de um adolescente com a sua mãe e que perpassa a anulação de uma das partes para que a outra cresça e se desenvolva.

À tarde, neste mesmo dia, exibiremos LAVOURA ARCAICA que seria a necessidade de matar o pai, por um jovem filho adolescente e sensível. Na sessão da noite é a vez da mãe, muito mais presente na vida dos filhos gays e muito mais referencial.

E temos, novamente, o jovem Xavier Dolan, aqui, na sua estréia como diretor. E ele ainda faz o papel do filho de 17 anos. Ele pode.











Quem tiver assistido AMORES IMAGINÁRIOS vai perceber uma assinatura a ser desenhada, como por exemplo, o assunto das relações homoafetivas envolvidas no enredo. Dolan é assumidamente gay e fala desse universo em suas histórias. E consegue fazer isso sem afetação e sem humor como estamos acostumados a ver nas novelas e filmes brasileiros. A cineteledramaturgia nacional mostra o homossexual masculino de três formas apenas: doido passional, vilão assassino ou bobo da corte saltitando e fazendo graça. Posições bastante cômodas para simplificar a opinião corrente do senso comum.

Em EU MATEI MINHA MÃE encontramos o medo, a estranheza, a carência e a busca de se saber quem é presentes com toda a força em qualquer jovem seja este jovem o que for.

0 comentários:

Postar um comentário

Assine o nosso Feed

Cadastre seu email e receba as atualizações da mostra 21:

Delivered by FeedBurner

Pesquisar no blog