O RISO DESAFIADOR Sobre Escola do Riso











O cinema é uma atividade dispendiosa em todas as suas etapas e por isso é tão difícil produzir filmes. Quando se consegue fazer o filme, ainda tem que se gastar, e muito, para negociá-lo em cinemas e grandes distribuidoras, senão ninguém verá o que foi feito já com tanta dificuldade.

Vez por outra, aparecem produções que tentam driblar com criatividade e companheirismo essa barreira financeira da indústria cinematográfica: neo-realimo italiano, cinema iraniano, dogma 95... Ou filmes que pela sua especificidade são mais simplificados, como UM CÉU DE ESTRELAS de Tata Amaral e O BEIJO DA MULHER ARANHA de Hector Babenco ao usarem poucos atores e o mínimo possível de locações.

ESCOLA DO RISO se passa numa salinha pequena, na qual está de um lado, um censor japonês de textos teatrais e do outro, os artistas que ou retiram as partes censuradas ou não recebem a liberação para a montagem dos espetáculos. A maior parte do enredo é a batalha que irá se travar entre um destes realizadores e o censor.

O artista quer encenar uma versão de Romeu e Julieta e na tentativa de convencer o funcionário do Governo, acaba envolvendo-o na construção artística de toda a peça. Quem viu o alemão A VIDA DOS OUTROS reconhecerá o tema da mudança positiva que a Arte é capaz de impetrar nos seres humanos que se abram para ela, por mais duros e fechados que sejam. A Arte transforma.

Então, a MOSTRA 21 traz do Japão um filme de baixo orçamento, com dois excelentes atores que dominam o tempo todo a ação do filme e um texto desafiador que irá fazer rir e chorar e, ao final de tudo, provar-nos que a Arte, sim, transforma!

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